Autoaceitação Não É Entregar Os Pontos (15/10/2012)
Há dois extremos que, evidentemente, não são aconselháveis. Existem, de um lado, aqueles que vivem brigando consigo mesmos. Não gostam de nada que veem em si mesmos, desde o próprio corpo, até a família e o ambiente em que vivem.
De outro lado, encontramos aqueles que não encontram razão para mudar coisa nenhuma. Olham para o futuro e acreditam, piamente, que morrerão da mesma maneira que sempre viveram.
Nenhum destes dois extremos é recomendável, se queremos ter equilíbrio e autoaceitação. Aceitar a si mesmo significa, antes de mais nada, desenvolver uma visão realista das características próprias. Ser alto não quer dizer ser gigante. Será que minha altura incomoda porque meus melhores amigos têm estatura menor que a minha? Viver fazendo comparação com os outros não nos garante uma visão realista. Isto apenas exagera minhas diferenças.
Aceitar a si mesmo, além disso, quer dizer compreender as causas do meu modo de ser. Será que eu sou agressivo por causa do meu hipertireoidismo? A importância de conhecer as causas facilita o processo de mudar os efeitos.
Aceitar a si mesmo, também, leva-me a procurar maneiras mais eficientes de usar meu modo de ser. Minha postura de não descansar após um vitória pode ser canalizada para melhorar minha produtividade profissional.
Ninguém nasce sabendo. Autoaceitação é algo que deve ser aprendido e desenvolvido. Não é coisa fácil. Nem acontece pela simples leitura de um livrinho de autoajuda.
Autoaceitação não é entregar os ponto. É uma atitude de autorrespeito e de responsabilidade para consigo mesmo.